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sábado, 22 de setembro de 2007

São Domingos (PA)

da Agência Amazonas de Notícias - Brasília (DF)

Torturados do Araguaia querem justiça PDF Imprimir E-mail

Cerca de 280 camponeses esperam indenização pela Comissão de Anistia do MJ. Decisão demora.

araguaia1.jpgMARABÁ NOTÍCIAS

MARABÁ (PA) — Será no próximo sábado[22.09.07] o 1º Encontro dos Torturados da Guerrilha do Araguaia, no plenário da Câmara Municipal de São Domingos do Araguaia.

O principal objetivo do encontro é trazer autoridades da área de direitos humanos das esferas estadual e federal para esta região, a fim de conhecer a real situação das pessoas que foram torturadas durante a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no período de 1972 a 1974.

A guerrilha deixou seqüelas na região. Muitas pessoas que nada tinham a ver com a guerra acabaram torturadas pelos militares do Exército sob acusação de estarem dando apoio aos guerrilheiros, que eram militantes do Partido Comunista do Brasil.

Lentidão

Por terem sido torturados, pelo menos 280 camponeses da região entraram com ação de indenização na Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, mas os processos estão andando de forma muito lenta, por isso o Núcleo Regional de Justiça e Direitos Humanos de Marabá e a Associação dos Torturados de São Domingos do Araguaia resolveram promover esse encontro.

De acordo com o coordenador do Núcleo, Mário Brito dos Santos, várias autoridades já estão confirmadas para o encontro de sábado que vem. Entre elas estão representantes da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa e da Procuradoria Geral do Estado.

Fórum Permanente

Mário Brito confirma que no final do encontro será criado o Fórum Permanente da Guerrilha do Araguaia, que servirá como instrumento de acompanhamento constante dos processos que tramitam há mais de 10 anos na Justiça. Segundo ele, muitos requerentes estão idosos e alguns deles já até morreram, mas as famílias acompanham os processos de indenização.

Ainda segundo Mário Brito, o governo do Estado também vai aproveitar o encontro de São Domingos do Araguaia para fazer uma ação de cidadania, com emissão de documentos aos moradores daquele município e dos vizinhos.

Durante a Guerrilha do Araguaia, 67 guerrilheiros foram mortos ou estão desaparecidos. Além dos camponeses que dizem ter sido torturados, um grupo de militares que atuaram na Guerrilha também entrou com ação na Justiça pedindo indenização.

Os militares, que na época eram recrutas, alegam que foram mandados para uma zona de guerra sem receber nenhum treinamento para atuar nesse tipo de combate, conforme está previsto
nas leis do País, por isso resolveram processar a União.

Gurupi

do jornal A Notícia - 14.09.07


EDUCAÇÃO/CULTURA

O filme Guerrilha do Araguaia será exibido no Cine Sesc, em Gurupi


Valéria Campelo

O Sesc apresentará amanhã, no Cine Sesc Gurupi, o filme brasileiro que conta a história de um episódio polêmico acontecido no país, o documentário "Guerrilha do Araguaia - As faces ocultas da história", com presença do diretor do filme, Eduardo Castro. A exibição será amanhã (15), às 19 horas, no Cine Sesc Gurupi, com entrada franca e classificação livre.

O objetivo do Cine Sesc Gurupi é lançar filmes brasileiros para incentivar as produções cinematográficas que contam a história do Tocantins. No mês de agosto, o Cine Sesc apresentou o filme "Raimunda, a Quebradeira" de Marcelo Silva.

Sobre o filme
A narração é do ator Paulo José, a produção executiva e bibliográfica é de Marcus Fidelis, a pesquisa de arquivos, de Rô Siqueira, e a produção, de Ana Cristina Evangelista.
O nome Guerrilha do Araguaia foi dado à operação por se localizar às margens do Rio Araguaia, próximo às cidades de São Geraldo e Marabá no Pará e de Xambioá, ao Norte do Goiás (região onde atualmente é o norte do estado de Tocantins).

Sobre o diretor
Documentarista de mão cheia, Eduardo Castro já tem carreira consagrada. Dirigiu o premiado e divertido "A resistência do vinil " e lançou o documentário Guerrilha do Araguaia – As faces ocultas da história, que foi trabalhado durante 15 anos pelo diretor. A pré-estréia aconteceu no Festival Internacional de Cinema Ambiental – FICA, na cidade de Goiás-GO. (Valéria Campelo-3228-1909)


15/09/2007 09:17:55

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Em cartaz no Cine Cultura, em Goiânia

Jornal O Popular, Goiânia, edição de 07.09.07:

Goianos no cine cultura

Espaço exibe a Mostra DocTV Goyaz, que reúne quatro documentários produzidos no Estado

Rute Guedes

O Cine Cultura exibe a partir de hoje a mostra DocTv Goyaz, que reúne os quatro documentários goianos produzidos via DocTV, programa de fomento à produção e teledifusão do documentário brasileiro. O projeto é uma parceria entre a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e a Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais, em Goiás representada pela TBC Cultura. Até o dia 20, serão exibidos dois títulos por dia, com cerca de uma hora cada um, com sessões às 20h e 21 horas. A entrada é gratuita.

A abertura da mostra será com Guerrilha do Araguaia, de Eduardo Castro, o mesmo do premiado curta A Resistência do Vinil. O documentário sobre a Guerrilha do Araguaia procura resgatar os mistérios por trás de um dos principais movimentos esquerdistas do Brasil. No final da década de 60 e começo dos anos 70, militantes de esquerda de todo o Brasil se reuniram na região do Bico do Papagaio com o objetivo de desenvolver um foco de luta armada contra o governo militar, tentando atrair também os camponeses da região. Para derrotar o grupo, o exército mandou várias equipes ao local, num embate que durou cerca de dois anos e custou muitas vidas.

Figuras conhecidas de Goiânia são o foco do documentário O Escuro e a Bicicleta, que será exibido hoje logo após a sessão de Guerrilha do Araguaia. Com direção de Cláudia Nunes e co-dirigido por Léo Pereira, O Escuro e a Bicicleta tem entre os seus personagens Mauricinho Hippie. Desde os anos 80, ele ficou conhecido na cidade pelas roupas extravagantes, de influência hippie, pela simpatia e pela bicicleta cheia de penduricalhos coloridos. Performático, seu tom teatral sempre chama a atenção por onde passa. O outro personagem é o compositor Escurinho, morto em 2005, sambista de Campinas e um dos torcedores mais conhecidos e fervorosos do Atlético Clube Goianiense.

Os outros títulos da programação também enfocam, de maneira diversa, aspectos cultura goiana. Café com Pão, Manteiga Não, de Viviane Louise, investiga a importância das ferrovias para o desenvolvimento de Goiás. Como boa parte desta malha ferroviária foi destruída ou abandonada, a viagem conduzida por um maquinista vai além de dados históricos e econômicos e passa também pelo terreno da nostalgia.

Elementos de religião, mistério, preconceitos e rebeldia estão no documentário Santa Dica de Guerra e Fé, de Márcio Venício, repórter da TV Anhanguera. O jornalista resgata o mito de Benedicta Cipriano Gomes (1905-1970), líder messiânica de Goiás que entre as décadas de 20 a 40 entrou em conflito com as autoridades da sociedade local. Dita desagradava tanto a Igreja quanto os coronéis porque queria fundar uma comunidade para onde levaria seus seguidores, um lugar onde não era preciso respeitar a ordem imposta pelos fazendeiros ou pelos padres. Estes dois últimos títulos serão exibidos a partir de amanhã. De domingo em diante os quatro títulos vão se revezar na tela do Cine Cultura.

EVENTO:
Mostra DocTV Goyaz: Cine Cultura, unidade da Agepel

Filmes: Guerrilha do Araguaia; O Escuro e a Bicicleta;
Café com Pão, Manteiga Não; Santa Dica de Guerra e Fé
Data: De hoje ao dia 20, às 20 e às 21 horas
Entrada franca

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Goiânia

Dia 5 de setembro foi feita a exibição do filme, seguida de debate com o diretor, no auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, dentro da programação do Colóquio Direitos Humanos e Democracia.

Tocantins

Dia 31.08 o filme abriu a Mostra Não Competitiva do III Cine ao Ar, em Porto Nacional, Tocantins.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Cobertura da estréia

Reproduzido do sítio da SECOM do Governo do Tocantins (com alterações)

Documentário sobre Guerrilha do Araguaia é um dos destaques no Fica

18 Jun 2007 - Auro Giuliano

Com a presença de um grande público, o vídeo Guerrilha do Araguaia, dirigido por Eduardo Castro, foi exibido neste sábado, 16, no Fica - Festival de Cinema e Vídeo Ambiental, que aconteceu na Cidade de Goiás, entre os dias 12 e 17 de junho. A mostra aconteceu ás 16h, no cinemão.

“O documentário tenta revelar uma outra face da história”, é o que afirma Eduardo Castro, que segundo ele, esta produção de 55 minutos tenta trazer à luz o que foi escondido pelos militares e pelos comandantes da guerrilha, num episódio cheio de mistérios e silêncios.

O filme, segundo sua sinopse, retrata a guerrilha, que aconteceu na região do Bico do Papagaio, mais precisamente nas margens do rio Araguaia, que na época era uma das regiões mais isoladas do país, onde para lá foram enviados, a partir de 1967, militantes políticos. O endurecimento militar, com a instauração do AI - 5, em 1968, levou para luta armada muitos estudantes jogados a clandestinidade.

Os depoimentos do ex-guerrilheiro Zezinho do Araguaia, que estava presente na exibição, e de outros participantes da guerrilha, como José Genoíno, Neusa Rodrigues Lima e Danilo Carneiro são os destaques do documentário, que conta também com a participação de ex-oficiais combatentes, como é o caso da duras intervenções do Dr. Asdrúbal.

Para Zezinho do Araguaia, é importante que se retorne essa discussão e que se tenha conhecimento do que aconteceu. “É preciso que se revele à juventude de hoje, não o que eu gostaria que tivesse sido, mas o que aconteceu e elimine esse vácuo na história” afirma.

Eduardo explica que começou a fazer as filmagens no ano de 1991, ainda em VHS, retomou os trabalhos em 2005, e após ser contemplado no DocTV Goiás, conseguiu finalizar o documentário. “Esse é só o pontapé inicial, a intenção é dar continuidade na história, fazer uma série de documentários, contando o que realmente aconteceu”, afirma.

Eduardo Castro é natural de Minas Gerais, residiu em Araguaína durante 17 anos, antes de se transferir para Goiânia. Produziu o premiado documentário Resistência do Vinil, curta premiado no Festival Chico, e que também fez parte da programação de exibições de filmes do “Espaço Tocantins” no Fica.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Estréia dia 16/06 no IX FICA


Guerrilha do Araguaia

As faces Ocultas da História

Estréia: dia 16/06/07 - 16:00 - Cinemão - Cidade de Goiás (GO)

IX Fica - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental



Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo divide-se: capitalista ou comunista, e vê-se perdido no terror psicológico dessas duas ideologias - é a guerra fria.

No início dos anos 60 vivia-se um ambiente revolucionário, com uma nova onda do comunismo espalhando-se pelo mundo. No Brasil, o PCB divide-se. A ala mais radical resgata a sigla PC do B, faz a opção pela luta armada e alia-se à China. A região escolhida para a implantação da guerrilha rural é o Bico do Papagaio, mais precisamente as margens do rio Araguaia, à época uma das regiões mais isoladas do país. É para lá que são enviados militantes, a partir de 1967. O endurecimento da ditadura militar, com a instauração do AI 5, em 1968, leva para a luta armada muitos militantes, em especial estudantes jogados na clandestinidade. Eles constituirão a maioria dos quadros guerrilheiros.

“Guerrilha do Araguaia - As faces Ocultas da História” revela a verdadeira face da história, tentando trazer à luz aquilo que foi escondido pelos militares e pelo comando da guerrilha, neste episódio cheio de mistérios e silêncios, onde 59 guerrilheiros enfrentaram 10 mil militares durante 2 anos de luta, na maior operação militar brasileira desde a Segunda Guerra Mundial.

Ficha Técnica

Duração: 55 minutos

Ano: 2007

Direção: Eduardo Castro

Co-produção: Eduardo Castro – Ana Cristina Evangelista / Idéia Produções / TV Brasil Central

Pólo DOCTV Goyaz